terça-feira, 9 de julho de 2013

Mago, a Ascensão. RPG que mostra o quanto o tecido da realidade é fino!


Quem nunca sonhou com magia??

Desde muito tempo, o ser humano se encanta com o universo mágico. Pelo lado prático da coisa, parece ser bem simples resolver todos os problemas com um estalo de dedos (ou com uma volta de varinha...), sem mais consequências e talvez com uma pitada de aventura. Sim, isso parece bem interessante. Grandes livros foram escritos, com a temática magia e personagens tornaram-se famosos e mundialmente conhecidos, graças a esse fascínio que o oculto provoca. Acontece que, algumas obras se aprofundaram tanto nesse tema, ao ponto de humanizar a coisa toda. Afinal, nada pode se tão simples, nada pode ser tão fácil quanto um estalo de dedo. Tudo tem um preço e se tem algo que John Constantine nos ensinou, foi que o preço sempre é alto demais e raramente vale a pena. Para que se tornar um mago, afinal? Agora, e quando você nasce um mago? E quando você não tem escolha?


Diferente dos outros RPGs storytelling (como Vampiro, a Máscara e Lobisomem, o Apocalipse), em Mago o nível de envolvimento é muito mais pessoal e de certa forma, mais adulto. Jogar esse sistema vai exigir muito do mestre e dos jogadores. Não pela dificuldade do jogo em si, mas pela complexidade da interpretação. Realmente, é a temática mais adulta sem dúvida. E acredito que seja a que oferece mais possibilidades; que, dependendo da imaginação do mestre, simplesmente não tem um limite palpável. A história em si, pode se passar pelo presente/passado/futuro, outros universos, outras dimensões e até outros mundos. Neste sistema específico, literalmente tudo pode acontecer. Sobreviver não é apenas questão de poder e sim questão de ser inteligente ou ter muita sorte, que no fim das contas, também é algo que pode ser manipulada. Confuso leitor? Se está, então acho que vocês estão começando a entrar no clima de Mago, a Ascenção.

Assim como em Vampiro e Lobisomem, nem todos os Magos são iguais. Eles são divididos em tradições, um total de 10 tradições, que são:

a) Irmandade de Akasha: são os ninjas por assim dizer. Usam a mente e o corpo como forma de iluminação e poder. Reza a lenda que muitos ninjas, ou talvez a lenda do ninja, começou com magos dessa tradição. Nunca saberemos.

b) Coro Celestial: são os mais ligados a religiosidade. Não a uma religião específica, mas ao culto ao divino.

c) Culto do Êxtase: são os hippies da magia, acreditam no “eu transcendental” ou algo do gênero que só eles entendem mesmo. Para mim a mais confusa das tradições.

d) Oradores dos Sonhos: são os xamãs, os ligados a natureza. São donos de muita sabedoria, apesar de pecarem pelo conhecimento. E não vamos esquecer da mania absurda de falar por enigmas.

e) Eutanatos: esses são perigosos. Em cada grupo de jogadores, recomendo que tenha pelo menos um dessa tradição. Apesar de serem imprevisíveis, são leais e não tem medo da morte. Imaginem um personagem que se joga na frente de uma metralhadora? Porém não ache que é fácil matar um mago dessa tradição pois eles costumam ter muuuuuuuuuuuuuuuuuita sorte e a sorte deles, geralmente é o azar de alguém. Uma das minhas tradições prediletas.

f) Ordem de Hermes: são os magos que mais se aproximam do que temos em mente quando pensamos em magia. Instrumentos encantados, pentagramas e essas coisas. São inteligentes, poderosos e muito valorosos em batalha. Os magos herméticos buscam a perfeição suprema. Isso também é a maior desvantagem deles.

g) Filhos do Éter: são os nerds da magia. E não, não é a minha tradição predileta. Aqui temos pessoas que vivem em um mundinho próprio e que não fazem questão de interagir com mais ninguém. Geralmente não se envolvem em nada que não seja obrigatório. Grandes cientistas da magia, os magos dessa tradição são grandes consultores e seus conselhos valem ouro.

h) Verbena: se podemos dizer que os Oradores dos Sonhos são os xamãs, aqui acho que podemos chamar de druidas. Suas magias envolvem sacrifício e quando eu digo sacrifício, quero dizer derramamento de sangue, seja humano ou animal. Para valores de interpretação, um mago dessa ordem é aquele que “engana pelas aparências”.

i) Adeptos da Virtualidade: essa é minha tradição predileta. São os malucos entre os magos. Os que sempre dão um “jeitinho” de conseguir o que querem. Na minha opinião, são os mais interessantes de se jogar, pois são humanos demais para se perderem e tem poder para se corromperem.

j) Vazios: esses o nome é autoexplicativo. Mas se engana quem pensa que é fácil interpretar um personagem assim. O grau de complexidade que os personagens dessa tradição podem exigir, leva o jogador para um lado tão longe da humanidade real, que fica difícil manter o foco depois. Ou seja, daria tanto trabalho compor o personagem que perderia a graça, ter que jogar com ele.

Enfim amigos, se vocês pretendem jogar uma aventura séria e com altas doses de estresse, esse é o jogo. Estou jogando uma partida de mago pelo Skype a pelo menos 3 meses e cada vez que volto ao personagem, me surpreendo com algo novo. É realmente muito bom, no sentido de criação, só que às vezes torna-se meio trabalhoso manter a trama ou não perder o foco. Recomendo para os jogadores mais experientes. Vou ficando por aqui. Caso queiram entrar nesse mundo de magia, por conta e risco, vou deixar o site da livraria DEVIR que é a revendedora autorizada de MAGO. Muito obrigado pela atenção. Abraços.

2 comentários:

  1. Mago sempre foi meu rpg favorito. As vezes ainda folheio o módulo básico. É um jogo como poucos, pois exige muito envolvimento dos jogadores.

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    1. Monta um grupo no SKYPE e manda ver brother! MAGO é demais mesmo!

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