Quando
você olha para o abismo, o abismo olha de volta para você!
Aqui
estou novamente para escrever sobre o meu personagem favorito: o Mago canastrão
John Constantine. É simplesmente impossível não amar um personagem tão rico e
cheio de detalhes, ainda mais quando suas histórias geralmente atraem mestres
do mundo dos quadrinhos, que não apenas querem trabalhar com o personagem, mas
querem deixar sua marca registrada. Não é qualquer um do Universo DC que têm
esse tipo de apego emocional e também profissional. No decorrer de sua criação,
que para quem não sabe, nasceu pelas mão de Alan Moore, como um mero personagem
coadjuvante e que acabou por se tornar um dos maiores astros do selo Vertigo,
lado a lado com Sandman. Acredito que sei o motivo de tanta popularidade!
John
Constantine não é um herói nos moldes clássicos; firme, decidido, incorruptível,
fiel e 100% honesto. Definitivamente, não podemos categorizar-lo como um
anti-herói, como Justiceiro (Punisher, MARVEL) ou LOBO (DC). John está em algum
lugar no meio. Ele é o tipo de cara que sempre está disposto a salvar o mundo,
coisa que já fez por sinal; acontece que, os caminhos que ele é capaz de usar
apara conseguir o que pretende, ainda que o que ele tenha em mente seja nobre e
“para o bem maior”, comumente acabam por levar seus amigos a mortes terríveis
ou serem abduzidos por demônios ou coisa pior (se é que tem algo pior!). Ele
não tem pena de usar o que for preciso para fazer o que acha certo. Tendo em
vista que seu senso de moral é relativo, é um personagem que pode literalmente
participar de qualquer coisa. Isso dá uma liberdade de escrita que qualquer
autor mataria para ter. Desta forma, quem não gostaria de escrever algo para
ele?
Em
John Constantine: HELLBLAZER, Origens o que vamos ver é o início de suas
histórias, pelas mãos brilhantes de Jamie Delano (roteiro) e John Ridgway
(arte). A chamada “fase Delano” é uma das melhores e dizem as Lendas, a melhor
fase já escrita para o personagem. Não posso dizer se foi a melhor, ainda mais
quando nunca li uma história ruim de Constantine (não que elas não existam, eu
apenas não conheço). Essa fase é tão importante pelo motivo mais óbvio possível:
é a apresentação do personagem. Dali por diante, teríamos que lidar com a
personalidade de Constantine tendo como base a visão de Delano. São histórias
clássicas, datadas inclusive, e que nos mostram quem é, o que faz e onde vive
este personagem. Logo de início já temos a clara noção de que não é para
crianças. Essa, por sinal, é a maior característica das histórias de
Constantine.
O
que se pode esperar então da revista? Se você já conhece o personagem, no
entanto não conhece à muito tempo, é uma ótima oportunidade de ler as histórias
antigas e mergulhar um pouco no passado do personagem. Se você está tendo o
primeiro contato com o personagem, vai ficar viciado literalmente. Vai querer
saber tudo, ler tudo, vai ficar doido. É o que acontece com todo mundo que têm
contato com Hellblazer pela primeira vez. Afinal, quem poderia imaginar que
quadrinhos pudessem ser desse jeito, com essa riqueza e com toda essa
profundidade? Agora se você é fã das antigas, como eu, essa coletânea vai ficar
linda na estante. Vai servir como catálogo e vai facilitar a consulta para
futuras referências. Atualmente já está no volume 6 e que venham mais. Vou
ficando por aqui e não posso deixar de dizer que, para todos aqueles se empolgaram
com nosso amigo Mago, a Comix está vendendo exemplares. Vou deixar o link para
a galera que estiver interessada. Obrigado pela atenção. Sigam-me pelo Facebook
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