Quem tem medo dos anjos??
Aparentemente as pessoas que vivem no
mundo pós-apocalíptico deste mangá, não são exatamente os maiores fãs de anjos.
Muito bem amigos, novamente estou aqui para falar de um mangá, que foi pedido
por uma galera que me acompanha aqui no blog. Meus alunos, que por sinal são os
meus maiores seguidores, me enchem sobre isso toda hora. Então finalmente está
aqui um dos clássicos supremos, entre os quadrinhos japoneses: EVANGELION. Vou
logo dizendo que este quadrinho não é tão infantil quanto se imagina. A
história é bem adulta e muito original no desenvolvimento. Qual o motivo de eu
dizer que é muito original no desenvolvimento? Bem, um mundo pós-apocalíptico
onde a humanidade tenta sobreviver a todo custo, além de vilões que tentar “acabar”
com o que resta de humanos, não é bem original. Já estamos acostumados a ver
esse tipo de coisa e de uns tempos para cá, os vilões são sempre os zumbis. Mas
ao longo do meu tempo como leitor e telespectador, já li e assisti todo tipo de
coisa sobre supostos apocalipses. Seja vampiro, vírus, zumbi, crianças
paranormais, máquinas, whatever... o ser humano sempre está ferrado de alguma
forma. Quando li este mangá pela primeira vez, o que me surpreendeu foi a idéia
de como aconteceu essa hecatombe. Aí eu me dei conta que ali nascia um
clássico.
Criada em 1995, Evangelion foi um
verdadeiro sucesso no Japão. Afinal, se tem um povo que adora apocalipses, são
os japoneses. Agora, quando ocorre a união de duas paixões declaradas: apocalipse
e robôs gigantes; claro que só poderia ser um sucesso de vendas. Escrita por Hideaki
Anno e ilustrada por Yoshiyuki Sadamoto, esta série também deu às caras pelos Animes,
que receberam todo o tratamento que mereciam e da mesma forma que os
quadrinhos, se tornaram um tremendo sucesso. Algumas curiosidades... este
quadrinho obviamente possui jogos, infelizmente os jogos (pelo menos os que eu
joguei...) não são bons. E o mais impressionante é que, apesar do marketing
sobre Evangelion ser grande até hoje, os tais jogos nunca foram muito
populares, mesmo no Japão. De fato, nunca achei uma versão em inglês para jogar.
As versões que eu tenho são em japonês, tanto as do PSP, quanto as do PS1.
Enfim, nada é perfeito no fim das contas (com exceção de AKIRA. Claro!).
Vamos a história, sem spoilers como
sempre: como eu já disse antes, o cenário é um mundo pós-apocalíptico. Segundo
consta nos livros de história, o segundo impacto quase levou a humanidade à
extinção. Este segundo impacto, seria uma clara alusão ao primeiro impacto, que
teria sido o meteoro que exterminou os dinossauros e por conseqüência abriu
espaço para que os mamíferos pudessem se desenvolver. Até aí tudo beleza. Claro
que nem todos morreram e uma pequena parcela de humanos sobreviveu para
reconstruir o mundo (até aí nada de espetacular). Agora que a coisa começa a
ficar interessante, visto que para aqueles que possuem maior acesso a
informação, o tal segundo impacto seria uma introdução ao despertar de um ser
chamado de ANGEL. Estes seres por sinal, não são exatamente amigáveis e atacam
a humanidade sem dó nem piedade. Para combater-los, os humanos criam robôs
gigantes chamados de Evangelions ou EVAs, que são por sua vez pilotados por
adolescentes/crianças. Não é qualquer pessoa que pode pilotar um EVA. Testes
precisam ser feitos, pois o piloto deve ter um grau de sincronia absurdo com os
robôs. Estes adolescentes/crianças ficam dentro de um líquido chamado de LCL
(substância altamente oxigenada e com base em silício), que por sinal tem por
finalidade favorecer a ligação neurológica com os EVAs.
Com varias reviravoltas, muitos mistérios
e revelações bombásticas, este mangá é muito bom e mistura um pouco a ficção
científica com religião e tudo mais. Caso algumas pessoas estejam fazendo a
ligação de Evangelion com o recente blockbuster
Pacific Rim, você não será o primeiro. Logo que o filme foi anunciado,
muita gente pirou achando que ia ser uma versão de Evangelion. Não foi bem o
que aconteceu. Quem viu, percebeu que este filme é mais uma “ótima homenagem” do
que uma versão do mangá/anime. Uma das personagens principais, por sinal é
japonesa. É uma boa dica de leitura, seja para os que já estão acostumados com
os quadrinhos japoneses, seja para os novos leitores. Dica final: rock clássico
é uma ótima trilha sonora para a leitura da obra. E depois dessa, vou fechado o
post. Agradeço a atenção e peço que não se esqueçam de dar uma curtida na Fan Page
do Facebook e me seguir no Twitter. Muito obrigado pela atenção. Abraços.
Por se tratar de quadrinhos japoneses, esperem um pouco disso também! Mas nada explícito, muito pelo contrário! |
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