Quem
nunca sonhou com magia??
Desde
muito tempo, o ser humano se encanta com o universo mágico. Pelo lado prático
da coisa, parece ser bem simples resolver todos os problemas com um estalo de
dedos (ou com uma volta de varinha...), sem mais consequências e talvez com uma
pitada de aventura. Sim, isso parece bem interessante. Grandes livros foram
escritos, com a temática magia e personagens tornaram-se famosos e mundialmente
conhecidos, graças a esse fascínio que o oculto provoca. Acontece que, algumas
obras se aprofundaram tanto nesse tema, ao ponto de humanizar a coisa toda.
Afinal, nada pode se tão simples, nada pode ser tão fácil quanto um estalo de
dedo. Tudo tem um preço e se tem algo que John Constantine nos ensinou, foi que
o preço sempre é alto demais e raramente vale a pena. Para que se tornar um
mago, afinal? Agora, e quando você nasce um mago? E quando você não tem
escolha?
Diferente
dos outros RPGs storytelling (como
Vampiro, a Máscara e Lobisomem, o Apocalipse), em Mago o nível de envolvimento
é muito mais pessoal e de certa forma, mais adulto. Jogar esse sistema vai
exigir muito do mestre e dos jogadores. Não pela dificuldade do jogo em si, mas
pela complexidade da interpretação. Realmente, é a temática mais adulta sem
dúvida. E acredito que seja a que oferece mais possibilidades; que, dependendo
da imaginação do mestre, simplesmente não tem um limite palpável. A história em
si, pode se passar pelo presente/passado/futuro, outros universos, outras dimensões
e até outros mundos. Neste sistema específico, literalmente tudo pode
acontecer. Sobreviver não é apenas questão de poder e sim questão de ser
inteligente ou ter muita sorte, que no fim das contas, também é algo que pode
ser manipulada. Confuso leitor? Se está, então acho que vocês estão começando a
entrar no clima de Mago, a Ascenção.
Assim
como em Vampiro e Lobisomem, nem todos os Magos são
iguais. Eles são divididos em tradições, um total de 10 tradições, que são:
a) Irmandade de Akasha:
são os ninjas por assim dizer. Usam a mente e o corpo como forma de iluminação
e poder. Reza a lenda que muitos ninjas, ou talvez a lenda do ninja, começou
com magos dessa tradição. Nunca saberemos.
b) Coro Celestial:
são os mais ligados a religiosidade. Não a uma religião específica, mas ao
culto ao divino.
c) Culto do Êxtase:
são os hippies da magia, acreditam no “eu transcendental” ou algo do gênero que
só eles entendem mesmo. Para mim a mais confusa das tradições.
d) Oradores dos Sonhos:
são os xamãs, os ligados a natureza. São donos de muita sabedoria, apesar de
pecarem pelo conhecimento. E não vamos esquecer da mania absurda de falar por
enigmas.
e) Eutanatos: esses
são perigosos. Em cada grupo de jogadores, recomendo que tenha pelo menos um
dessa tradição. Apesar de serem imprevisíveis, são leais e não tem medo da
morte. Imaginem um personagem que se joga na frente de uma metralhadora? Porém
não ache que é fácil matar um mago dessa tradição pois eles costumam ter muuuuuuuuuuuuuuuuuita sorte e a sorte
deles, geralmente é o azar de alguém. Uma das minhas tradições prediletas.
f) Ordem de Hermes: são
os magos que mais se aproximam do que temos em mente quando pensamos em magia.
Instrumentos encantados, pentagramas e essas coisas. São inteligentes,
poderosos e muito valorosos em batalha. Os magos herméticos buscam a perfeição
suprema. Isso também é a maior desvantagem deles.
g) Filhos do Éter:
são os nerds da magia. E não, não é a minha tradição predileta. Aqui temos
pessoas que vivem em um mundinho próprio e que não fazem questão de interagir
com mais ninguém. Geralmente não se envolvem em nada que não seja obrigatório.
Grandes cientistas da magia, os magos dessa tradição são grandes consultores e
seus conselhos valem ouro.
h) Verbena: se
podemos dizer que os Oradores dos Sonhos são os xamãs, aqui acho que podemos
chamar de druidas. Suas magias envolvem sacrifício e quando eu digo sacrifício,
quero dizer derramamento de sangue, seja humano ou animal. Para valores de
interpretação, um mago dessa ordem é aquele que “engana pelas aparências”.
i) Adeptos da
Virtualidade: essa é minha tradição predileta. São os malucos entre os
magos. Os que sempre dão um “jeitinho” de conseguir o que querem. Na minha
opinião, são os mais interessantes de se jogar, pois são humanos demais para se
perderem e tem poder para se corromperem.
j) Vazios: esses o
nome é autoexplicativo. Mas se engana quem pensa que é fácil interpretar um
personagem assim. O grau de complexidade que os personagens dessa tradição
podem exigir, leva o jogador para um lado tão longe da humanidade real, que
fica difícil manter o foco depois. Ou seja, daria tanto trabalho compor o
personagem que perderia a graça, ter que jogar com ele.
Enfim
amigos, se vocês pretendem jogar uma aventura séria e com altas doses de
estresse, esse é o jogo. Estou jogando uma partida de mago pelo Skype a pelo
menos 3 meses e cada vez que volto ao personagem, me surpreendo com algo novo.
É realmente muito bom, no sentido de criação, só que às vezes torna-se meio
trabalhoso manter a trama ou não perder o foco. Recomendo para os jogadores
mais experientes. Vou ficando por aqui. Caso queiram entrar nesse mundo de
magia, por conta e risco, vou deixar o site da livraria DEVIR que é a
revendedora autorizada de MAGO. Muito obrigado pela atenção. Abraços.
Mago sempre foi meu rpg favorito. As vezes ainda folheio o módulo básico. É um jogo como poucos, pois exige muito envolvimento dos jogadores.
ResponderExcluirMonta um grupo no SKYPE e manda ver brother! MAGO é demais mesmo!
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