Que assunto é tabu, em um jogo de
videogame??
Aparentemente para os japoneses, poucas
coisas podem ser consideradas tabus. E aqui estou eu com mais um jogo da minha
franquia predileta e dessa vez, estou trazendo um jogo que é considerado por
muitos especialistas em videogame, como o melhor jogo da franquia Final
Fantasy. Eu, como já disse muitas vezes, tenho uma lista dos meus jogos
prediletos e acho que todo gamer deve ter também (clique aqui, para ver meu top Five). Esse jogo não apareceu na
minha lista pura e simplesmente pelo motivo mais óbvio possível: não pude
jogar-lo na época que era para ter jogado. Quando conheci FF VI, já foi no PSP,
rodando o game para o PSX. Acredito que os jogos prediletos, sejam aqueles que
o jogador se conecte com a história e principalmente, tenha muitas memórias
dela. Esse é o meu caso com Chrono Trigger e FF VII. São jogos pelos quais eu me
apaixonei e que marcaram minha vida, de certa forma. Não significa que eu não
reconheça que a história de FF VI seja muito mais elaborada que a de FF VII,
afinal assuntos como gravidez na adolescência e suicídio, não são exatamente coisas
comuns em games (imagina naquela época?).
Falando sobre época, esse jogo saiu
originalmente para plataforma SNES e no Japão era chamado Fina Fantasy VI. No
ocidente, esse jogo recebeu o nome de Final Fantasy III, por conta daquela
velha história que todo gamer já sabe, mas vou dar fazer um resumo básico. O
primeiro FF saiu no Japão e posteriormente para o ocidente; na plataforma NES,
que veio a ser vendida nos EUA. Acontece que FF II e FF III saíram apenas para
o Japão. Então quando FF IV saiu no Japão e veio a ser vendido aqui no ocidente,
os malditos distribuidores dos EUA mudaram o nome para FF II (afinal até aquele
momento, o segundo e o terceiro jogo da franquia nunca havia saído nas America/Europa).
Como tudo que está mal pode piorar, o FF V saiu apenas no Japão. Então, quando
FF VI foi lançado para Japão e EUA/Europa adivinha... se chamava FF VI (Japão)
e FF III (EUA). Complicado leitor? Apenas mais um dia comum na vida dos gamers
naqueles tempos. Depois de tantas caneladas (para não dizer coisa pior), quando
FF VII foi lançado no Japão, no Ocidente continuou sendo FF VII. Os outros
jogos, digamos, “perdidos” foram sendo lançados depois, para outras plataformas
como GBA e Playstation (PSX).
Vamos ao jogo em questão. Final Fantasy VI
é um jogo em formato RPG, de uma franquia que ficou famosa exatamente por esse
gênero; lançado para SNES em 1994 e posteriormente para outras plataformas como
GBA e o PS1. O jogo, como já disse antes, é considerado pela impressa
especializada como o melhor da franquia e o melhor do gênero de todos os
tempos. Não podemos deixar de mencionar que é um jogo que traz um certo grau de
polêmica. Assuntos como suicídio, psicopatia, gravidez na adolescência, genocídios
entre outras coisas, você verá nesse jogo. São 14 personagens jogáveis (o que
até onde eu sei é um Recorde para FF) e foi o primeiro jogo da franquia que nos
apresentou algo mais voltado para tecnologia. E já que eu falei de polêmica,
reza a lenda que Kefka é o maior vilão de todos os tempos nos games. Meu vilão
predileto é Sephiroth, não que isso signifique muita coisa; significa apenas
que estou ligado sentimentalmente ao FF VII. Entretanto tenho que admitir que,
depois de jogar FF VI, para efeito de conversa, Kefka realmente é muito mais
sinistro.
Sobre a história, vamos ao básico e como
sempre sem muitos spoilers. Mil anos antes do que vemos no jogo, Deuses
denominados Magis travaram uma violenta guerra e como toda guerra tem conseqüências,
essa guerra em questão acabou por transformar parte dos humanos em seres
mágicos poderosos denominados Espers.
Aparentemente esses Deuses de arrependeram e acabaram por se trancar em 3
estátuas. Como os Deuses estavam “trancados” nas estátuas, a única fonte de
magia restante eram os Espers e esses
preferiram se isolar, em um “mundo próprio”, afinal como manda a tradição, tudo
que é diferente costuma ser hostilizado. A magia então é meio que extinta e a
vida corre. Eis que surge o Império do General Gestahl, e seus generais Kefka,
Celes e Leo com o maligno propósito de ressuscitar a magia, usando os Espers para tal propósito. Deste ponto
em diante, o que posso dizer é que traições aconteceram, personagens mudarão de
lado e revelações serão feitas de modo a levar o jogador para um tsunami de emoções na qual cada coisinha
do jogo, vai ganhando uma importância vital para o entendimento total do
enredo.
Jogo bem adulto e muito à frente do seu
tempo, FF VI é uma história incrível e que influenciou muitos outros jogos que
vieram depois, e falando de influências, esse jogo é considerado por Raphael
Draccon (famoso escritor de fantasia aqui no Brasil – autor de Dragões do Éter
e Fios de Prata: reconstruindo Sandman) como “o jogo da sua vida”. Nem preciso
dizer que é mais do que uma recomendação do autor desse blog, eu diria que é
uma obrigação jogar esse jogo. Agora sobre qual versão jogar, eu só posso
recomendar a versão que eu joguei (por sinal, joguei antes de escrever o post),
ou seja, a versão chamada Final Fantasy Anthology para PS1. Realmente, depois
de jogar FF VI, quase mudei minha lista TopFive. Porém vou mexer nela. Apenas acrescentar mais um jogo. Depois de
conhecerem Kefka, não será qualquer vilão que vós deixareis impressionados. Vou
ficando por aqui. Obrigado pela atenção e recadinhos da paróquia, quem puder me
seguir pelo twitter e Facebook eu agradeço, para sempre estar recebendo
atualizações sobre os posts. E vou deixar o link da Saraiva para os livros do
grande Raphael Draccon. Recomendo fortemente seus livros (que por sinal já li!)
e espero escrever sobre eles em breve aqui no blog. Deixo também links dos vídeos
de FF VI, para algumas versões. Abraços.
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