A guerra
realmente é o inferno na Terra??
War... huh...What is it good for absolutely nothing!!!
Sim
nerds que acompanham o blog, segundo o nosso amigo, o mago inglês mais famoso
do mundo, a guerra pode ser um inferno sim. Literalmente. Bom dia, boa tarde ou
boa noite, mais um post sobre John Constantine. Não é por nada que eu gosto
tanto do personagem; falei isso no post passado, o que acho tão interessante é
que, com esse personagem podemos fazer qualquer coisa. Tudo é possível para
quem faz o que ele faz, fala com quem ele fala e passou pelo que ele passou. Isso
abre uma gama de ideias e ambientações das histórias, quase sem limite.
Imaginem uma história de Constantine no passado, ou no futuro, ou na Atlântida,
ou em outros planetas. Imagine Constantine no Paraiso, na Terra dos Elfos, no
mundo dos sonhos. Imagine Constantine tendo uma conversa com Morpheus, tirando
onda com entidades suméricas ou passando uma cantada em Aphodite. Para quem já
foi ao inferno mais vezes que se pode lembrar, e tirou onda por lá, nem o Céu é
o limite. Agora confesso que ver Constantine na guerra, no Iraque, me
surpreendeu.
Em “John
Constantine Hellblazer: Pandemônio”, temos a volta do filho pródigo Jamie
Delano. Para quem não sabe, Jamie Delano é um excelente roteirista que tem uma
história de sucesso com o mago inglês. Ele assina as primeiras edições de
Hellblazer, que viria a ser a mais longeva série do selo Vertigo. Aqui temos contato
com um Constantine mais velho, mais sábio e mais canalha que nunca, tirando
onda com o serviço secreto inglês. Sobre a arte, quem assina é Jock (Marck
Simpson), artista dos quadrinhos muito conhecido por trabalhos em 2000AD e
Losers. Também tem bons trabalhos com Juiz Dredd e Green Arrow: Year One. Com
uma equipe dessas, essa graphic novel só poderia ser um sucesso. Para quem não
sabe, esse graphic novel tem como finalidade comemorar os 25 anos desde a
primeira aparição de John Constatntine, nas páginas de Monstro do Pântano
(Swamp Thing). Que o criou foi ninguém menos que Alan Moore. Tudo que Alan
Moore cria, é sucesso.
Vamos
à história. Como já é de costume de Jamie Delano, sempre podemos esperar um
dedo de política. Basta ler seus primeiros trabalhos com o mago inglês. Que
Deus a tenha, a primeira ministra M. Thatcher era figura lembrada em muitas
histórias. Aqui, a história é mais atual e se passa no Iraque. Sem dar muitos
spoilers, imagine a cena: Iraque, guerra explodindo, um homem é preso acusado
de ser responsável por um bombardeio em uma cidade. Ao ser interrogado, libera
um poder que simplesmente, mata de medo seus interrogadores. Well, as the song says: There's something strange in the neighborhood.Who you gonna call? John Constantine. Quem mais o MI6
poderia chamar, em uma situação dessas? Claro que nosso amigo Constantine não
foi de bom grado. Digamos que ele não é exatamente um superpatriota e coisa e
tal. Uma trama se arma e o pobre mago se vê forçado a ir para o Iraque resolver
a parada, afinal um rabo de saia é um dos pontos fracos de John. Na verdade, é
o ponto fraco de todo homem.
Enfim
amigos a trama é muito boa e a ambientação melhor ainda. O curioso é que,
apesar do relativo tempo que Jamie Delano não trabalha com o personagem, o que
sentimos é uma intimidade mais do que natural, eu diria até que esse personagem
foi feito para ser trabalhado pelas mãos de Jamie Delano. Quem curte as
histórias do mago, não pode deixar de comprar essa obra. Sobre isso agora, um
pequeno particular. Muita gente me pergunta se eu gosto ou não da mídia digital
de quadrinhos. Respondo que sim, porém prefiro a mídia física. Sou colecionador
e não resisto ao papel impresso. Uso a mídia digital por uma simples questão
financeira. Aqui no Brasil é muito caro você manter um hobbie desses. Então apesar
de querer ler muita coisa, não posso comprar tudo. Aí que entram os arquivos em
CBR. Na verdade, graças a esses arquivos, eu posso expandir meu conhecimento do
mundo dos quadrinhos. Certas obras, entretanto, eu não abro mão de ter a versão
impressa. Então fica a dica. Quem é colecionador não se contenta com mídia
digital. Vou ficando por aqui amigos. Deixarei o link da Panini Comics para os
colecionadores ou simplesmente para aqueles que, como eu, não são capazes de
resistir ao cheiro inebriante de livros novos. Abraços.
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