É
possível fugir do próprio destino??
Bem,
muitos dirão que não e outros mais dirão que sim! Entretanto graças a Neil
Gaiman, temos uma nova perspectiva do que entendemos por destino ou melhor: “O
Destino”. Segundo Neil Gaiman, Destino é um dos Perpétuos, irmão mais velho de
dois velhos conhecidos nosso, Sonho e Morte. Destino sempre foi o irmão mais
enigmático e é sem dúvida o mais poderoso dos Perpétuos. Diferente de Sonho,
que já foi muito explorado no universo de Sandman, Destino sempre foi uma força
oculta e até mesmo temida entre seus irmãos mais novos. Sabemos por exemplo,
que tem um bom relacionamento com Sonho e Morte, no entanto não sabemos muito
de sua relação com os outros personagens. Não imagino Desejo brincando com
Destino, como vez ou outra brinca com Sonho.
O
que podemos esperar de uma obra dessas? Nenhuma resposta, todavia muito
conhecimento. Exatamente como na vida. Essa obra é para ser uma poesia em forma
de história e neste contexto, foi muito feliz. Alias, tudo que diz respeito ao
universo de Sandman é bom, parece simplesmente impossível estragar qualquer
coisa que saia deste infinito nicho de ideias. Na belíssima introdução de Alisa
Kwitney, já percebemos o tom da narrativa e nas primeiras páginas, temos uma
noção do que a arte vai nos mostrar. Outro coisa interessante sobre o universo
de Sandman, qualquer artista que nele trabalhe, qualquer um mesmo, tem muito
material para usar e o efeito é sempre bom. Acho que este universo consegue o
melhor de qualquer artista, e aqui em “DESTINO: Crônicas de Mortes Anunciadas”,
não poderia ser diferente.
Sem
dar muitos spoilers, coisa que acho que já deixei bem claro que não é a
intenção do blog, a obra se começa com a introdução de Ruth Knight e John
Ryder. Quem são? O que querem da vida? O que estão fazendo ali? Nenhuma dessas
perguntas tão corriqueiras se aplica a esta obra. Estamos diante de uma
legítima obra do universo de Sandman, portanto cada coisa é parte de uma outra
coisa maior ou menor. Tudo está interligado e separado. Confuso leitor? Se você
está, então não se desespere! Esse é o universo de Sandman. No decorrer da
história, vamos conhecendo algumas coisas que estão no Livro do Destino; nos
deparamos com histórias que, por um lado podem estar ligadas aos personagens,
por outro lado podem ser apenas histórias. Destino está sempre presente e como
ele mesmo diz: “Todos os caminhos levam até meu jardim”.
O
que acho mais interessante nessa graphic novel é que a história se desenvolve e
como ela é apresentada ao leitor que não conhece nada do universo fantástico
criado por Neil Gaiman. Os personagens são tão carismáticos, que é quase
impossível não se identificar com a melancolia deles ou pelos traços dos vários
artistas que participaram da obra. Inclusive, tenho agora uma dica para vocês.
Para quem não sabe, sou muito fã de música de qualidade e tenho certo
conhecimento acerca deste assunto. Então, costumo fazer certas experiências com
meus livros e graphic novels. Acredito que cada obra, deva ser lida com uma
trilha sonora específica. É uma forma interessante de trazer mais um fator a
experiência literária. Para essa obra eu recomendo Mozart. A obra de Mozart
combina perfeitamente com o clima de fantasia que o universo de Sandman nos
apresenta. Experimentem amigos.
Enfim,
desnecessário dizer que é uma obra mais do que recomendada para todos os fãs de
Sandman. E caso vocês se perguntem onde podemos comprar esta graphic novel, a
resposta é bem fácil, na Panini Comics. Só uma nota aqui sobre a Panini, graças
a essa editora italiana que acreditou no potencial do mercado brasileiro, eu e
vários leitores tivemos a chance de recomeçar nossas coleções e voltar a ler o
que por muito tempo nos foi negado. E digo mais, essa editora está trazendo
outras obras consagradas para leitores novos. E brevemente estarei aqui
trazendo mais dessas obras. Adianto agora uma. Imaginem uma graphic novel com Dr.
Destino e Dr. Estranho? Esperem o próximo post... Vou ficando por aqui, vou
deixar o link da Panini Comics caso vocês queiram comprar a obra. Obrigado pela
atenção. Abraços.
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