Promessa é dívida! Principalmente para os
gregos!!
Já disse outras vezes e vou repetir: existem
personagens dos quadrinhos, que simplesmente não me descem! Não que sejam
personagens ruins, e sim por não me chamarem a atenção com o que eles
representam. Exemplo: Superman e Batman. São verdadeiros ícones dos quadrinhos,
só que prefiro mil vezes o Batman ao Superman. As histórias e a trajetória do
Batman é muito mais interessante para mim, do que a do Homem de Aço. Apesar de
muitas histórias do Superman serem verdadeiros clássicos. Então a questão é,
existem personagens que eu não gosto, só que, dependendo de quem escrever o
enredo da história, o personagem cresce e atinge um público que não é dele,
incluindo a mim. Vi isso acontecer no decorrer dos anos que leio quadrinhos e
tal fenômeno sempre me surpreende. Esta revista é um desses casos.
Para começo de conversa, adoro mitologia grega.
Não apenas por tudo que ela representa como um todo para a cultura mundial, mas
também pelo que ela representa para os quadrinhos. Muitas histórias clássicas
dos quadrinhos, tiveram influência direta ou indireta da mitologia grega. Em
certos casos, de forma direta literalmente. Afinal, o que não faltam são
personagens derivados dessas histórias. Hércules e Valquíria, na Marvel. Wonder
Woman e Shazam na DC. Só que esses personagens nunca me chamaram a atenção.
Claro que, no caso da Wonder Womam, a fase George Pérez foi ótima! Só que o
problema é sempre o “Day After”. Quando Pérez saiu, perdi o interesse no personagem
novamente. Então Greg Rucka escreve HIKETEIA.
O quadrinho é ótimo e sinceramente, acho que
Rucka extraiu o que pode desse personagem. A Mulher Maravilha é ser muito
poderoso e com muito senso de responsabilidade. Tem moral e ética inabalável, além
de um senso de justiça tão ferrenha quanto o Batman. Só que ela é uma
guerreira, uma amazona. Batman foi treinado para ser quem ele é, ao passo que
Diana simplesmente nasceu para ser o que é. Quando Greg Rucka coloca esses dois
personagens em ação, vemos o quanto ela pode render, em profundidade, quando é
conduzida com esmero. Afinal, o Batman é o Batman e raramente erra. Quando ele
diz algo, geralmente é suficiente para convencer qualquer pessoa. Agora, e
quando a pessoa sabe que é errado e mesmo assim precisa fazer?
Sem dar spoilers da história, é mais ou menos
isso: Batman está caçando uma determinada fugitiva, que para azar o Homem
Morcego recebe a proteção da Mulher Maravilha. Proteção obrigatória, diga-se de
passagem. Portanto temos uma baita de um problema. Batman não vai abrir mão de
sua presa, pois quer levar-la a justiça de qualquer forma; por outro lado Diana
não pode deixar que nada aconteça com quem está sob sua proteção. Resultado:
Fight! Não que seja uma luta muito demorada, afinal no mano a mano, sabemos que
Batman não tem chance contra Mulher Maravilha. Afinal, ele não estava preparado
para enfrentar uma amazona super-poderosa. Se por acaso tivesse se preparado
para isso...pobre Diana!
Entretanto, não é sobre isso que se trata essa
obra; o combate entre Batman e Wonder Woman. O que vale aqui são as
circunstâncias. O que levou o vigilante mais famoso de Gothan às vias de fato,
com a mais querida das Amazonas? História com roteiro bom, arte maravilhosa de
J. G. Jones; realmente tudo em Hiketeia surpreende. Clássico da DC, com uma
personagem que, apesar de não ser a preferida dos nerds dos quadrinhos, quando
bem explorada rende ótimos resultados. Vou ficando por aqui. Quem puder
comprar, compre sem medo de ser feliz. A capa dessa obra é muito boa e lá diz
bem o que esperar da leitura. Muito obrigado pela atenção. Abraços.
OBS:
Esta obra não está mais a venda, pelas vias normais. Quem quiser acha facilmente pelo mercado livre ou outros lugares do tipo. Caso alguém queira conhecer um pouco mais sobre a Amazona mais linda do mundo, entre nesse link para a comix e seja feliz!
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