sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Valkirie Profile... RPG is awesome!




Melhor que um bom RPG, é um RPG com temática nórdica!!
A galera que me acompanha já sabe que sou viciado em RPG e geralmente quando escrevo sobre um jogo, já são 80% de chance de ser sobre RPG. A cada RPG que jogo, é muito mais que um jogo, é uma história e histórias, fazem valer a viagem. Quando a febre de RPGs eletrônicos começou, o diferencial que nos era apresentado era simplesmente ter uma história para desenvolver. Grandes clássicos da era dos 16 bits, como Sonic da SEGA, Mario da Nintendo, além de outros clássicos como o Street Fighter 2, F-ZERO, Golden Axe, onde a história era um suave pano de fundo. Em se tratando de RPG, a história é tudo! Daí a importância de ter sempre um bom enredo, uma boa jogabilidade, etc. Valkirie Profile veio como uma grande promessa, já que saiu para geração do PS1. E não decepcionou. 
A história por trás desse jogo é ótima, bem ao estilo que estamos acostumados nos RPGs de mesa. A história gira em torno de uma Valquíria de Odin, o maior dos Deuses nórdicos, pai de Thor, que é encarregada de escolher grandes guerreiros mortos em batalha, que no jogo recebem o nome de Einherjar, e estes por sua vez irão para o Valhalla, para um dia lutarem no Ragnarok. O termo Einherjar era usado para definir os guerreiros de Odin, apesar de nem todos que forem recolhidos pelas Valquírias estão no Valhalla. Alguns são destinados a Deusa Freyja e são acolhidos em Folkvang. 
Como já disse, o jogo é todo baseado em literatura nórdica, portanto temos no jogo os 9 reinos ligados pelas raízes da Árvore do Mundo, e entre esses mundos estão alguns bem conhecidos dos leitores de quadrinhos, principalmente pelas histórias do Thor, personagem explorado pela Marvel a anos. Muitas vezes tais lugares são mencionados em suas histórias:
- Asgard: Lar dos Deuses. Ou dos chamados Æsir e dos Vanir (apesar desses meio que serem os vilões do jogo)! Para se chegar a Asgard, temos que atravessar a ponte arco-íris chamada Bifrost
- Alfhein: Reino dos elfos, que são um pouco diferentes dos que vimos pela mitologia criada por Tolkien, por exemplo. Esses elfos, estão mais próximo da definição de gnomos ou talvez pelo que conhecemos pelas obras de Eoin Colfer, com seu Artemis Fowl. O curioso é que no caso dos anões, eles são bem mais parecidos com os anões descritos por Tolkien.
- Midgard: Lar dos humanos.
- Jotunhein: Lar dos gigantes. Neste caso específico, inevitável as comparações com o que vimos no filme THOR. Só para deixar bem claro, não é bem daquele jeito não. a Mitologia real tem algumas diferenças.
- Niflhein: o reino dos mortos. Que curiosamente, como em muitas outras mitologias, não está diretamente ligado ao mal. Digamos que se você for um guerreiro covardão (percebam o absurdo de se colocar o adjetivo “guerreiro” junto com o adjetivo “covardão”), não vai para o Valhalla, que é o lugar dos bravos. Em vez disso é condenado ao tormento eterno.
OBS: muito do que disse aqui (que foi o mínimo, já que não gosto de dar spoilers dos jogos), você vai achar no jogo. Dá para entender o motivo do enredo ser tão importante em um RPG eletrônico?
Enfim, voltando ao jogo em si, podemos jogar com até 24 personagens e alguns deles só são obtidos quando jogamos no modo hard. O personagem principal como eu já disse, é Lenneth, uma Valquíria de Odin e é também uma das 3 Deusas do Destino. Elas compartilham o mesmo corpo e não podem ser vistas juntas. Quando uma dorme, a outra assume. Podemos distinguir uma da outra pela cor de cabelo e pela armadura. A função de Lenneth é evitar a destruição de Asgard no Ragnarok, dando uma de coletora de Pokémon, sendo que em vez de bichinhos, ela convoca guerreiros mortos para lutar ao lado dos Æsir contra os Vanir.
Este jogo teve uma boa recepção pelo público. Foi lançado inicialmente em fevereiro de 1999 e posteriormente, recebeu uma versão atualizada para PSP (que é a que eu tenho), que saiu em maio de 2007. As vendas foram muito boas, tanto na versão do PS1, quanto na versão do PSP, inclusive as revistas especializadas no Japão e no Ocidente elogiaram bastante o jogo, tanto pelo quesito enredo, quanto no quesito jogabilidade. Recebeu poucas críticas negativas, principalmente pelo jeito não-linear de jogar, entretanto nada que diminua o título. Quem puder, ou quiser experimentar não vai se arrepender. É um excelente Adventure RPG e agrada pela simplicidade e pela história em si. Apesar do jogo estar em inglês, acredito que seja bem simples e fácil de entender. Sou de uma geração que aprendeu inglês com os jogos. Então fica a dica para quem quer praticar e não tem com quem. Os jogos servem bem a esse propósito. Vou ficando por aqui. Muito obrigado pela atenção. Abraços. 

Gameplay básico da versão para PSP:

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