É possível amar uma assassina??
Bem, há muito tempo atrás um cara
chamado Matt Murdock descobriu isso da pior forma e confesso que depois de ter
lido esta obra, eu o entendo perfeitamente, pois eu me apaixonei por ela
também! Estou falando da heroína mais casca grossa de todos os tempos: Elektra
Natchios. Elektra é grega, filha de Hugo Natchios e Cristina Natchios. Perdeu
os pais muito cedo. Sua mãe morreu primeiro, e aí começa uma pequena
divergência de histórias, afinal em uma obra Cristina é morta por assassinos
contratados por Orestez Natchios, irmão de Elektra e tem uma outra versão que
Cristina é morta por um rebelde, durante a guerra civil grega. Enfim, o que é
importante saber é que ela foi criada basicamente pelo pai, e é uma artista
marcial brilhante. Em Elektra Assassin, conhecemos um pouco do treinamento como
ninja, assim como flashes sobre sua infância. E percebemos também que ela tem
sérios problemas mentais.
Sobre a história, posso definir
como um romance policial. Toda a narrativa nos faz lembrar um thriller policial,
coisa que Frank Miller sabe fazer muito bem. Os personagens secundários são bem
interessantes, portanto não podemos dizer que a história está apenas
concentrada na trajetória de Elektra. Sem dar spoilers, é mais ou menos isso a
sinopse da minissérie: Elektra é uma assassina, uma Kunoichi (ninja feminina),
famosa e considerada a melhor. Seu maior inimigo, é um ser sobrenatural retratado
apenas como “A Besta”. Esta entidade, demônio, whatever quer que o mundo vá
para o espaço, através de uma hecatombe nuclear. Sei que ao dizer isto, estou
datando a história. Realmente, Elektra Assassin foi lançada em 1986 e
exatamente por isso, esse tipo de coisa estava meio que em alta. Falava-se
muito sobre o fim do mundo, através de uma guerra atômica.
Enfim, o tal bicho queria que
isso acontecesse. Em um determinado momento da história, os caminhos da nossa
adorável assassina se cruzam (não de forma literal...), com Garret; este por
sua vez é o pior agente da SHIELD possível. Alcoólatra, pavio curto e tarado,
este é o agente que vai auxiliar Elektra contra “A Besta”. E não podemos esquecer
de Perry, ex-parceiro de Garret e um psicopata de primeira grandeza e a agente
Castidade (show a parte, podem acreditar...). Com um time desses, podemos
esperar muita ação e determinados alívios cômicos. Falando desse jeito, parece
que a história é algo puxando para o vemos em Deadpool, contudo a trama é bem
densa e séria em sua maioria.
Agora, um espetáculo é a arte de
Bill Sienkiewicz. É impressionante como a história se torna real quando
apreciamos o seu estilo. Conheci este grande artista, em uma graphic novel do
Demolidor, que por sinal também foi em parceria com Frank Miller. Sou um grande
fã de seu trabalho, tanto em histórias, quanto em capas. Já trabalhou com o
grande Alan Moore e desenhou a arte de algumas cartas no card game Magic: The Gathering.
Realmente, o estilo de Sienkiewicz é um dos mais admirados no mundo dos
quadrinhos.
Para terminar, Elektra: Assassin
é um clássico que simplesmente não pode faltar na prateleira de nenhum fã de
quadrinhos. Minha versão é a primeira que foi lançada por aqui, pela editora
Abril. Porém, a Panini (sempre ela...), relançou esse clássico e todos podem
comprar e se maravilhar com uma das melhores (senão a melhor!), minissérie da
Marvel. Claro que como é de praxe, vou deixar alguns links por aqui. Até onde
eu sei você pode comprar tanto na Comix, quanto no Senhor Saraiva. Quem gosta
de ninjas e de toda a mitologia sobre eles, vai gostar também. Afinal, para os
fãs mais antigos, ver Stick e os ninjas do Tentáculo sempre vale!!! Muito
obrigado pela atenção. Abraços.
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