segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Dune... by Frank Herbert! Universo Feudal... e muito Melange!


Who control the spice control the Universe!!

Quem disse que Frank Herbert não tinha razão? O ponto é: Who control the spice today? Quem sentiu uma vontade imensa de discursar sobre política internacional, guerras pelo petróleo e falsidade entre países, não é mero acaso. Duna é um livro que foi feito para isso; para criar discussão, causar reflexão e exatamente por isso, mexe com assuntos que, até aquele momento, não era muito comum na ficção científica como filosofia, religião e psicologia (além de ecologia, não podemos nos esquecer). É um livro com uma narrativa muito forte e que exigem muita atenção do leitor, pois como diz o ditado: “O segredo está nos detalhes”. Reza a lenda, que o livro Duna é considerado “a obra definitiva” do gênero, apesar de muitos outros especialistas da literatura acharem que tal título seria de um livro do Asimov. Eu sinceramente não saberia qualificar uma obra como essa, fora o fato de Asimov ser um grande ídolo para mim. Digo apenas que Duna me mostrou algo totalmente diferente do que eu imaginava que sci-fi pudesse ser. Portanto ler este livro é uma obrigação moral, para qualquer pessoa que goste de ficção científica.

Vamos à história, como sempre sem dar spoilers (ou muitos spoilers): temos um futuro que, como sempre, não é uma maravilha. Na verdade, se tem uma coisa que está cada vez mais claro, é que o futuro é negro. Terminator nos ensinou a desgraça que ia ser, se por acaso as máquinas tomassem consciência de uma hora para outra. Quem pira a cabeça usando o sistema da Apple siri, deveria se lembrar que assim que a Skynet começou. Por outro lado, a trilogia Matrix, esfregou na nossa cara a impotência do ser humano ao criar algo que, em teoria, é tão inteligente quanto ele (se bem que, no final, homens e máquinas aprendem que dependem um do outro). Asimov também já escrevia muito sobre isso, assim como outros gênios da literatura científica. Em Duna não existem máquinas. Aparentemente o ser humano aprendeu a lição e decidiu não criar algo mais inteligente que ele próprio e isso é uma verdade tão grande nesse Universo, que acaba por ser um dos pilares da religião. Sim leitor. Uma religião que diz “não” às máquinas. Mas existem máquinas no Universo deste livro? Claro que sim. Não existem máquinas pensantes, computadores, inteligência artificial.

É isso mesmo caro leitor. No Universo de Duna, todos os cálculos e outras atividades que deveriam ser feitas por computadores, são realizados por humanos treinados para esse fim, os chamados Mentets. E todo a história gira em torno de disputas políticas entre 3 grandes casas imperiais, de um governo feudal intergaláctico mais ou menos 24 mil anos no futuro. Esqueça a Terra. A Terra já se foi e muito da sua história já se perdeu. Mas, qual o motivo de tanta discórdia entre essas 3 casas? O controle da especiaria conhecida como melange. É graças a essa especiaria, que é possível as viagens espaciais, além de ser a base do poder de humanos escolhidos a dedo. Essa especiaria, só existe em um único local no Universo (que se saiba); em um planeta chamado Arrakis, ou Duna, como é popularmente conhecido! Este planeta é um gigantesco deserto, habitado por vermes colossais praticamente indestrutíveis. Ou seja, é um lugar muito maneiro. Só que, apesar desse planeta não ser uma das maiores maravilhas da existência, é só lá que tem a tal melange, então sua importância para o império é crucial. O Imperador Shaddan IV, da casa Corrino, vê uma grande ameaça no Duque Leto Atraides, que cresce em popularidade entre os outros nobres. Como têm receio de lançar um ataque mais direto a uma das grandes casas e outras casas se unirem contra ele, usa a grande rivalidade entre as casas Atraides e Harkonnen como um meio de eliminar o seu rival.

Leto Atraides é enviado para “gerenciar” o planeta Arrakis, substituindo a casa Harkonnen que até aquele momento “mandava na parada”. O resto vocês podem imaginar. Esperem traições, reviravoltas, mulheres ambiciosas, e tudo mais que se possa esperar de uma boa trama política. Na verdade, em certo momento do livro, você vai notar semelhanças entre o que está lendo e o que você conhece da história do mundo. Especiaria mega importante para o mundo? Que se extrai do deserto? Casas políticas brigando pelo controle total dessa especiaria? Quem controla a especiaria controla o mundo? Substitua melange, por petróleo quando estiver lendo o livro! Antes que alguém pense que é muito chato ler esse livro, por conta dos grandes diálogos e da temática extremamente política, não se engane. Também é um livro de aventura e com a maior de todas as motivações: vingança. É um grande livro e o filme baseado no livro não é mal também. Agora, confesso que o jogo sobre Duna é uma caso à parte. Foi um dos primeiros RTS que joguei e um dos mais divertidos também. Eu tenho Dune2000, que saiu para PS1 no PSP. Entretanto não é nem de longe tão bom quanto o primeiro.

Bem amigos, vou ficando por aqui. Tentei não dar muitos spoilers sobre o livro, pois tenho esperança de que muitos de meus leitores se animem para conhecer a obra de Frank Herbert. A dica é: primeiro ler o livro e depois ver o filme. O jogo vem como um belo bônus, para aqueles que quiserem explorar um pouco mais o Universo de Herbert. Este livro, possui outros 5 livros em continuação. Estou lendo o terceiro atualmente e ainda estou empolgado. Quem sabe um dia não posto por aqui um pouco de O Messias de Duna e Os filhos de Duna, os dois primeiros que já li! Antes do fim, para quem está cobrando o post de Ozimandias, sai ainda esta semana. Aguardem e assinem minha página do facebook e me sigam pelo Twitter. Links aí no final do post para os livros de Frank Herbert, direto do grande Senhor Saraiva. Muito obrigado pela atenção, pelas visualizações e pelos pedidos feitos à partir dos meus links. Abraços.

Obs: Eu não falei sobre os quadrinhos propositalmente. Pretendo trazer para o blog um post sobre esse quadrinho em um futuro não tão distante!



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